A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) já não é mais novidade no ambiente corporativo, mas segue evoluindo em importância, especialmente diante do cenário atual de riscos cibernéticos, regulação de novas tecnologias e crescente exposição de dados sensíveis em setores públicos e privados.
Nos últimos meses, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) vem demonstrando uma atuação mais incisiva. Além da contratação de novos fiscais, há uma agenda regulatória ativa, incluindo debates sobre o uso ético da inteligência artificial e ações voltadas à segurança de sistemas governamentais e empresas estratégicas.
Para líderes empresariais, o recado é claro: compliance em proteção de dados é, cada vez mais, uma responsabilidade de nível estratégico — e não apenas um tema jurídico ou de TI.
O contexto atual: falhas públicas, aprendizados privados
Casos recentes têm evidenciado vulnerabilidades graves. O sistema do Pix, por exemplo, já sofreu vazamentos significativos, assim como bases de dados ligadas à DataPrev e ao INSS, expostas em fraudes bilionárias. Até o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) enfrentou instabilidades que levantaram alertas sobre a robustez de sua infraestrutura digital.
Esses episódios mostram que não há espaço para improvisos. Governos e empresas precisam atuar com transparência, controle e responsabilidade sobre todo o ciclo de vida dos dados pessoais.
Um caso europeu com lições valiosas
Um exemplo internacional chama atenção: na Espanha, a empresa Marina Salud, responsável pela gestão de TI em um hospital público, foi multada em 500 mil euros por não comunicar ao governo, controlador dos dados, quais fornecedores terceirizados tinham acesso às informações de saúde dos pacientes.
Mesmo com contratos antigos em vigor, a autoridade de proteção de dados entendeu que não havia transparência adequada sobre quem estava lidando com informações altamente sensíveis. A multa reforça a exigência de governança clara, rastreabilidade e comunicação formal sobre o tratamento de dados, mesmo em contratos já estabelecidos.
O que as empresas no Brasil devem observar
Para executivos no Brasil, o cenário é bastante similar. A LGPD exige não apenas consentimento do titular, mas também um mapeamento preciso de onde os dados trafegam, quem os processa e como são protegidos. Isso envolve:
- Revisão contratual com fornecedores de tecnologia e serviços
- Gestão de riscos em sistemas legados ou integrados
- Governança de dados estruturada, com participação da liderança
- Capacitação contínua das equipes de TI, jurídico e compliance
Privacidade como diferencial competitivo
Empresas que adotam a LGPD de forma proativa, e não apenas reativa, constroem vantagem competitiva. Demonstram maturidade digital, fortalecem a reputação institucional e abrem portas para novos negócios com parceiros que valorizam segurança e conformidade.
Por outro lado, aquelas que tratam a LGPD como um item burocrático correm riscos reais: sanções financeiras, perda de credibilidade e exposição pública.
Na Active Solutions, oferecemos uma abordagem integrada de segurança da informação, conectividade e compliance, com soluções robustas em:
- Redes Wi-Fi corporativas seguras
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Proteção de dados não é apenas uma exigência legal. É um compromisso com a confiança, a continuidade operacional e a reputação da sua empresa.
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